segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Van Allen


Como é formado o campo magnético da Terra?


Estamos tão acostumados com o magnetismo, que essa pergunta nem passa pela nossa cabeça.


Mas como é que funciona esse mecanismo?


Tem um imã gigante no interior do Planeta?


Um imã residual?
Parece que não deve ser bem assim...


A primeira coisa que acontece, é que pela alta temperatura em que se encontra o núcleo terrestre, põe fora de questão a idéia de um magnetismo residual de um núcleo metálico, pois nessa condição não é possível haver uma orientação magnética dos spins.


Então, a partir da observação da propagação de ondas sísmicas de terremotos, os geólogos perceberam que as ondas secundarias, que são de cisalhamento, sumiam a partir de determinado ângulo, ou seja não se propagavam mais depois de determinado ponto da crosta terrestre.


Quer dizer, resumindo, os geólogos chegaram a conclusão de que o núcleo da Terra é líquido, porque as ondas S, não se propagam nesse meio.


O que acontece é um fenômeno de refração de ondas, quando ocorre uma mudança de densidade do meio de propagação, por isso as ondas S devem diminuir tanto sua velocidade quando encontram o magma líquido, que não são mais detectadas.
Então, assim como as correntes marítimas, ocorrem correntes de magma no interior da Terra, em função do movimento de rotação da Terra e da Lua, ou mesmo de todo o sistema solar.


E o movimento de defasagem do núcleo metálico líquido sob o manto superior, que deve possuir também um campo elétrico, induz um campo magnético que se extende por milhares de km no espaço.
Em algumas erupções vulcânicas, também ocorrem descargas elétricas pela atmosfera, como que a corrente elétrica do interior da Terra resolvesse saír para fora.
inclusive os pólos magnéticos não são fixos, muito pelo contrário, mudam de posição vários quilômetros.


Essa, é a teoria do geodínamo, mais aceita pela comunidade científica até agora.
Alguns Físicos também estudam a possibilidade de existir uma espécie de reator nuclear no núcleo do Planeta.
O fato é que o campo magnético da terra está diminuindo ao longo dos anos, e já ficou mais fraco cerca de 10 a 15% nos últimos séculos.
Os cientistas estão bolados com isso, e acreditam que possa haver uma reversão dos pólos em algum momento, por que isso aconteceu em simulações feitas em computadores, e analisando o magnetismo de rochas, viu-se que essa reversão já aconteceu a cerca de 780 mil anos atrás.
Fizeram até um filme, chamado " The Core"- O Núcleo-Em 2003, direção de Jon Amil, Sobre a perda do campo magnético da Terra, que expõe a teoria do dínamo, em que o núcleo para de girar, e mandam uma galera numa nave capaz de ir lá no centro da Terra, e eles detonar cargas nucleares para fazer o núcleo girar novamente... Até parece...
O campo magnético ao redor da Terra foi denominado como "magnetosfera", por ser uma espécie de blindagem contra partículas de alta energia provindas do Sol.


Em 1958, James Van Allen, descobriu que existia uma espécie de conturão de radiação em torno da Terra, o qual ficou com seu nome em homenagema seu descobridor.


No início, acreditaram que isso pudesse impossibilitar as viagens espaçiais tripuladas.


As partículas carregadíssimas, quando encontram o cinturão de Van Allen, são desviadas e seguem a orientação do campo magnético, e quando ionizam a alta atmosfera, provocam uma luminosidade colorida no céu das regiões polares.
Na verdade, acontecem processos um pouco mais complexos, com decaimento de nêutrons em prótons, raios cósmicos...


Então, essas tais partículas atingem a alta atmosfera, e ocorre um fenômeno conhecido como as auroras boreais e austrais.


Parecem umas cortinas esverdeadas, que ficam dançando no céu.
Essa questão do campo magnético da Terra intriga tanto os cientistas, que a NASA mandou uma sonda chamada THEMIS em 2007, só para analisar melhor esse fenômeno.
Em 1962, os Estados Unidos fizeram um teste nuclear, denominado "Starfish Prime", que provocou um revertério no cinturão de Van Allen, e apareceram radiações que perduraram alguns anos, destruindo um monte de satelites artificiais.

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