domingo, 26 de julho de 2009

Império Eletrônico Cultural Digital




A internet possibilitou uma infinidade de informações sobre praticamente todos os tipos de assuntos que podemos imaginar.


Também uma oferta infinita de entretenimento, e o que não falta é artista querendo mostrar seu trabalho, seja empresa, ou individualmente, para todos os tipos de gosto, estão todos aqui.
E justamente por conta dessa infinidade de ofertas, muitas vezes não sabemos nem o que fazer.


Mas e em relação à nossa cultura musical, por exemplo?
O que tem haver com isso?


Teoricamente a princípio, seria o caso de nos interessamos por artistas que falem nosso idioma, ou com músicas que aprendemos a gostar, por que nossos pais ou amigos nos mostraram, que ouvimos no rádio, na trilha sonora da novela ou em algum filme.


Mas é fato que nossa cultura é totalmente inundada pela cultura inglesa e americana e acabamos aprendendo a gostar de Michael Jackson, Madonna, Britney Spears, Radiohead, Amy Winehouse, Alanis Morissette, etc, por uma espécie de osmose.
Nossos colonizadores se ligaram que para conquistar nosso mercado consumidor, teriam que nos preparar para isso e fizeram um trabalho muito bem feito.
Principalmente porque ainda viram que a imprensa seria uma excelente aliada, a interesses tanto políticos quanto econômicos, nesse processo de aculturamento da sociedade.

Pense bem, como se faz para ouvir uma música?
Você liga o som e ouve não é?
Que som?
O Rádio, Ipod, walkman, toca discos, CD player, DVD, computador...
Ou seja, como você pode ver, uma série de produtos eletrônicos.
Tudo isso está relacionado com o que existe para ser tocado por esses “sons”
E vai corresponder diretamente com o que o mercado oferece, aliado ao gosto do cliente.

Porque, para nós gostarmos de alguma música, primeiro tem que ser boa, depois também, temos que conhecer pra saber que ela existe, e a ainda nos acostumarmos a ouvir.
Para isso, a música tem que tocar em algum lugar, e que você possa ouvir!
E tem que tocar você!
As emissoras de Rádio não saem tocando qualquer som por aí, ou muito menos deixam o DJ a vontade para ele deixar rolar o que quiser.
Tocam as músicas programadas de acordo com o patrocínio das gravadoras ou de seus artistas.
Ninguém tem uma emissora de Rádio ou TV e fica tocando músicas pelo ar porque acha bonitinho e resolve compartilhar seus discos e fazer a galera toda curtir numa boa.
Transmissores de Rádio custam caro e consomem energia.
CDs e DVDs também.
Instrumentos musicais, ingressos para os shows, o caviar do seu cantor preferido...
Tudo isso tem um custo.
Todo mundo quer curtir mas também quer ganhar dinheiro.
O ciclo da tecnologia, energia e ideologia parece ser infinito.
Assim parece funcionar o império do sistema eletrônico (agora digital) cultural.
E a briga sobre direitos autorais continua...

Então, um belo dia,
Você ouve uma música no Rádio,
E gosta daquela voz suave e rouca, daquele solo de guitarra, da batida da bateria, de uma frase do baixo...
E você fica querendo saber que banda é aquela, e quem canta aquela música que você ouviu. Pergunta pra todo mundo.
Algumas pessoas sabem qual é a música, mas ninguém o sabe o nome, e nem quem é. Você resolve procurar na internet.
Mas como você vai procurar uma música que você só ouviu algumas vezes, não sabe qual é o nome do artista nem o nome da música, e não lembra nem de alguma frase? Só sabe cantarolar um pedaçinho.
Mas pelo menos sabe que é um vocal feminino, e a língua que se fala é inglês. Inglês? Já é um começo, então existe grande chance da artista ser americana, ou européia. Mas também pode ser canadense, australiana... Você resolve procurar em alguma lista de cantoras internacionais na wikipédia.
Pesquisando uma a uma, até descobrir se encontra aquela música que você tanto quer no meio de algum álbum de alguma cantora desconhecida que você escolheu.
Desconhecida porque ninguém conhecia, e você sabe que também não é ninguém que você conhece. De repente você vê um nome no meio da lista das cantoras internacionais que cantam em francês... Assim descobri a Natasha ST Pier


Procurando quem tocava The Story.
Brandi Carlile

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